O leilão de uma área de exploração de petróleo e gás natural em Mato Grosso, na chamada Bacia do Parecis, teve como vencedor a empresa Dillianz Petróleo, originário do Rio Grande do Sul e com atuação voltada ao agronegócio. O leilão ocorreu na última terça-feira (17/06) e foi organizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
De acordo com a ANP, a área em Mato Grosso possui indícios de gás natural e petróleo. Segundo o Sumário Geológico da Bacia do Parecis – Alto Xingu, as primeiras pesquisas na região iniciaram nos ano 80, quando levantamentos gravimétricos e magnetométricos na Subbacia de Juruena foram realizados pela Petrobras. Veja mapa no final da reportagem.
Em 1933, foi perfurado o primeiro poço na bacia, o poço Fazenda Itamarati-1. Em 1995 foi perfurado o poço Salto Magessi-1 com profundidade total de 5.777 metros. Neste último, a Petrobras encontrou gás imovível.
Em 2008, a ANP concedeu para a Queiroz Galvão o direito de exploração da região. Anos depois, em 2016, a concessionária realizou levantamentos sísmicos e de métodos potenciais, perfurando o poço 1-BRSA-1204-MT. Segundo a ANP, foram encontrados nos poços 2-ANP-0006-MT e 1-BRSA1204-MT indícios de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural).
Ainda conforme a ANP, a análise geoquímica realizada em amostras laterais aponta que resíduos oleosos encontrados no poço 2-ANP-6-MT são similares a ocorrências de betumes e óleos em plays pré-cambrianos de Omã, Índia e Rússia. Conforme a agência, o poço 1-BRSA-1204-MT, onde foi encontrada uma anomalia de gás, foi abandonado por “estratégia exploratória”.
Grupo Dillianz vai explorar região
A Dillianz Petróleo & Gás arrematou um bloco exploratório na Bacia dos Parecis, em Mato Grosso, no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Dillianz tem como sócios Ivandro Souza Dias e Mateus Gabriel Aquino dos Santos. A companhia arrematou o bloco PRC-T-121, por R$ 55 mil em bônus de assinatura. E assumiu um compromisso de investimento exploratório mínimo de R$ 12 milhões no ativo. Foi o único bloco da bacia leiloado.
Parecis é uma bacia de nova fronteira, pouquíssimo explorada: são cinco poços perfurados na região, o último em 2014.
O governo vê, no Parecis, potencial para exploração de gás natural em reservatórios não-convencionais. Mas a região vem atraindo a atenção, em especial, de investidores interessados em desenvolver projetos de armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês).
O grupo FS, controlado pela americana Summit Agricultural Group, desenvolve um projeto pioneiro no Parecis, onde pretende capturar o carbono emitido da sua produção de etanol de milho e armazená-lo em um reservatório salino.






















