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MT concentra cidades com ar mais seco do país; especialistas apontam riscos à saúde

Médicos recomendam cuidados redobrados com olhos, pele e sistema respiratório.

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MT concentra cidades com ar mais seco do país; especialistas apontam riscos à saúde
MT concentra cidades com ar mais seco do país; especialistas apontam riscos à saúde (Imagem: Climatempo)

Em meio à intensificação do tempo seco, o estado de Mato Grosso concentrou na segunda-feira (22.07) as cidades com os menores índices de umidade relativa do ar do país. São José do Rio Claro registrou o nível mais crítico, com apenas 14% de umidade às 18h, segundo a empresa de meteorologia Clima Tempo. Outras cidades do estado também apresentaram os registros críticos do dia, como Nova Maringá, Santo Antônio do Leste, Paranatinga, Sorriso, Rondonópolis, Sinop e Guiratinga, todas com índices entre 16% e 22%.

Nesta quarta-feira (23.07), segue em vigor um alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para todo o estado de Mato Grosso devido à baixa umidade, com grau de severidade classificado como “perigo potencial”. O aviso é válido até às 20h e prevê umidade entre 30% e 20%, com orientações para que a população beba bastante líquido, evite esforço físico nas horas mais secas e a exposição ao sol nos momentos de maior calor. Embora o risco de incêndios e danos à saúde seja considerado baixo pelo órgão, especialistas apontam a necessidade de atenção com problemas respiratórios, oculares e dermatológicos.

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A oftalmologista Myrna Serapião, diretora médica da Rede Vision One e especialista em doenças da superfície ocular pelo H.Olhos, alerta que o clima seco favorece crises de alergia ocular, com sintomas como coceira intensa, ardência, vermelhidão e sensação de areia nos olhos. “A superfície ocular ressecada fica mais suscetível à irritação por poeira, fumaça e ácaros”, explica. A médica recomenda limpeza cuidadosa dos ambientes, compressas frias com soro fisiológico em caso de sintomas e, principalmente, evitar a automedicação. A falta de cuidados pode evoluir para a Síndrome do Olho Seco, doença sem cura que compromete a proteção ocular.

Foto: Prefeitura de Cuiabá

Também sensível ao tempo seco, a pele exige atenção especial durante o período de falta de chuvas. A dermatologista Nathalia Cerbara, gerente de Assuntos Médicos da farmacêutica Kenvue, destaca que o clima favorece o ressecamento, a coceira e a descamação. “É fundamental manter a hidratação da pele e o uso diário de protetor solar”, afirma. Ela recomenda uma rotina de cuidados que envolva limpeza suave, hidratação profunda e proteção solar adequada ao tipo de pele.

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Doenças respiratórias também tendem a se agravar em períodos secos. A Dra. Maria Cândida Rizzo, membro do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que o ar seco irrita as vias aéreas, aumenta a incidência de alergias como rinite e asma e facilita infecções virais como gripe e resfriado. Crianças, idosos e imunodeficientes são os mais vulneráveis. “A melhor forma de prevenção é manter a vacinação em dia, evitar aglomerações em ambientes fechados e garantir o controle de doenças crônicas”, diz.

A rinite alérgica, que atinge cerca de 30% dos adolescentes brasileiros, provoca espirros frequentes, obstrução nasal e coceira no nariz e nos olhos. Já a asma afeta cerca de 10% da população e pode ser agravada por fatores como poeira, mofo, vírus e até refluxo. Segundo Rizzo, manter o tratamento contínuo dessas doenças reduz o risco de complicações respiratórias durante o inverno.

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