Mato Grosso pode consolidar-se como potência nacional em recursos energéticos e minerais, pois é detentor de imensas reservas solares, eólicas, de biomassa e minerais estratégicos. Ainda, na área energética, tem relevância cada vez mais acentuada o biodiesel e o etanol de milho. Neste sentido, Cuiabá emerge como um polo natural para centralizar a gestão inteligente destes ativos, transformando vantagens geopolíticas em desenvolvimento tecnológico.
A capital dispõe de infraestruturas fundamentais para esta transição. A reconversão e o aprimoramento das Universidades UFMT, UNEMAT e da área tecnológica da IFMT constituem-se em bases ideais para centros de pesquisa em energias renováveis e mineração sustentável. Elementos transformadores que, junto ao Parque Tecnológico, poderão oferecer ambiente propício para incubação de startups especializadas em cleantech e rastreabilidade mineral. A conectividade existente suporta a implantação de sistemas avançados de monitoramento por IoT (rede de objetos físicos conectados à internet usando software).
Estas bases permitirão desenvolver ecossistemas transformadores: uma Bolsa de Energia Verde para comercialização de créditos e certificados; um Hub de Logística Inteligente com rastreamento integral da cadeia mineral; um Centro de Excelência em mineração sustentável; entre outras tantas possibilidades.
A implementação desta estratégia posicionará Cuiabá como referência nacional em gestão de recursos naturais, atraindo investimentos de impacto e gerando empregos de alta qualificação. Mato Grosso fortalecerá sua liderança na transição energética, transformando riquezas naturais em desenvolvimento tecnológico e sustentável de longo prazo.
Portanto, políticos, professores e sociedade civil mãos à obra.
Luiz Antônio Pagot é economista e especialista em Logística.
Enio Luiz Perin é arquiteto/urbanista e especialista em Desenvolvimento Regional.























