O ministro Carlos Fávaro (PSD) abordou nesta terça-feira (16) a possibilidade de uma “dobradinha” com Pedro Taques nas eleições para o Senado em 2026, afirmando que não foi comunicado sobre tal chapa. Fávaro destacou que a Federação Brasil da Esperança (formada por PT, PCdoB e PV) é independente e pode escolher seus candidatos, mas ressaltou que Taques “não performou muito bem nas duas últimas eleições”.
Taques foi anunciado como o segundo nome que a Federação deve apoiar na disputa ao Senado, ao lado de Fávaro. A declaração partiu do presidente nacional do PT, Edinho Silva, e pegou de surpresa até os petistas mais veteranos. A tendência é que Taques seja candidato pelo PSB.
Questionado se Taques seria um nome forte na disputa ao Senado, que poderia angariar votos para a chapa, Fávaro respondeu: “Eu não sei, as duas últimas eleições não foi muito bem performado”, concluiu. Taques foi candidato à reeleição em 2018, quando recebeu 271.952 (19,00%) ficando atrás de Wellington Fagundes (PL) com 280.055 votos (19,5%) e de Mauro Mendes, eleito naquela ocasião com 840.094 votos (58,69%).
Na eleição suplementar de 2020, após a cassação de Selma Arruda, Taques obteve 71.368 votos pelo Solidariedade, mas não foi eleito. Naquela ocasião, Fávaro foi eleito com 371.857 votos.
Fávaro, que era vice de Pedro Taques, rompeu politicamente com o então governador antes do fim do governo, abrindo caminho para uma forte oposição da classe política ao mandato do tucano. O vice foi considerado um “traidor” por Taques. Fávaro, por sua vez, passou a se referir ao governador como alguém inábil politicamente e sem condições de dialogar com líderes políticos.
Em relação à sua própria candidatura ao Senado, Fávaro expressou tranquilidade, mencionando que disputou o cargo duas vezes com 11 candidatos em cada ocasião, o que considera positivo para a democracia e para o eleitor. Ele enfatizou que o PSD é um partido independente, com estrutura para apresentar candidaturas a governador, senador, deputado federal e estadual em 2026, e está aberto a composições.
“São duas vagas. A federação pode indicar o primeiro e o segundo voto. A federação pode ter outro candidato ao Senado, não tem problema nenhum”, afirmou Fávaro. “Eu não tinha sido consultado, mas não preciso ser consultado, a federação é independente”, continuou o ministro da Agricultura.

Recursos do Promaq
A entrevista também abordou outros temas, como o programa Promaq, que Fávaro descreveu como uma política reconstruída pelo governo Lula para fortalecer o pacto federativo e atender comunidades rurais. Ele destacou o sucesso do programa na aquisição de equipamentos com preços significativamente mais baixos que os de mercado, mencionando que já foram entregues quase 4.000 máquinas no Brasil, com previsão de chegar a 10.000 com recursos garantidos e até 15.000 com parcerias parlamentares.
Em Mato Grosso, foram entregues 310 equipamentos, além de 30 para o programa Solo Vivo e 100 tratores para a agricultura familiar em parceria com a UFMT e o Ministério da Agricultura, totalizando mais de 500 equipamentos para os municípios do estado.
Fávaro também comentou sobre a retomada de obras federais em Mato Grosso, como o Rodoanel de Cuiabá, a duplicação da BR-163, a pavimentação da BR-158 no Araguaia e a finalização do Hospital Universitário Júlio Müller, atribuindo o avanço à parceria com o governo federal.
Sobre a Ferrogrão, o ministro informou que a obra está em fase de licenciamento e que o governo trabalha para que o Supremo Federal julgue a ação judicial que barra o licenciamento, com a expectativa de que o presidente Lula lance a obra no primeiro semestre do próximo ano.























