A vice-prefeita eleita, Coronel Vânia, foi sincera e clara na sua denúncia contra o prefeito Abilio Brunini. Ela acusou Abilio de estelionato eleitoral contra as mulheres de Cuiabá. Como foi o golpe armado por ele: usou a candidatura da coronel Vânia como vice apenas para mostrar que tinha apreço e respeito pelas mulheres. Pura farsa: depois de eleito, depois de ter usado a mulher como vice, segundo a denúncia, Abilio simplesmente empurrou a Coronel para a vala do esquecimento, isolando-a completamente da gestão municipal.
A denúncia foi feita nesta sexta-feira (19/12) em entrevista aos jornalistas Antero Paes de Barros e Michely Figueiredo, na Rádio Cultura. A entrevista acabou sendo uma sessão de desabafo da vice-prefeita de Cuiabá contra as manobras feitas por Abilio contra ela. Vânia disse que ele barrou qualquer ação dela na administração, humilhou a sua figura pública e carimbou na sua testa o rótulo de traidora da extrema direita bolsonarista.
O verdadeiro traidor na história de Cuiabá é Abilio. Usou uma mulher para mostrar que tinha respeito pelas mulheres cuiabanas, mas depois de eleito traiu a própria imagem. Voltou a ser o Abilio de sempre, a Coronel Vânia é só mais uma mulher a ter sido humilhada e debochada por ele. Só serviu para a eleição. Este é o resumo do relato feito pela vice sobre as manobras do Abilio para não a deixar aparecer politicamente.
Por tabela, as ações de Abilio contra a vice atingem também a Polícia Militar de Mato Grosso. Vânia representa a corporação na prefeitura, mas o sinal de que Abilio passa para a sociedade é que a Coronel PM não presta para administrar Cuiabá junto com ele. O prefeito queima a imagem dos policiais militares, além de rebaixar a condição dela de mulher.

A Coronel Vânia representa a imagem dos policiais e representa as mulheres cuiabanas. A conferir se depois dessa nova sessão desabafo mediático quais serão as ações que ela vai tomar para fazer o devido enfrentamento contra os ataques do prefeito. Ela disse que já foi humilhada demais e que a hora é de reação por ela, pela PM e pelas mulheres. “Minha mãe diz que quem se abaixa muito mostra os fundos e eu já me abaixei demais”, afirmou a Coronel Vânia.
Por enquanto, além dos ataques do prefeito, a vice precisa se livrar do palavrório da extrema direita. As explicações e defesa estão submetidas à lógica do bolsonarismo, “esquerda, direita, narrativa”, e outros tópicos da conversa mole para boi dormir que só funcionam para seguidores passivos.
Traidor é quem usa a imagem de uma mulher para se eleger e depois descarta a mulher como se fosse um objeto.
Traidora é quem é eleita pelas cuiabanas e cuiabanos e não luta pelos interesses da cidade, paralisada pelo medo.
Antero Paes de Barros, na entrevista, lembrou de um detalhe: Abilio age por medo e ciúme da sua vice, dela brilhar na gestão apagando o seu sol da meia noite.
Vale lembrar o recente comentário do professor João Edison, na Rádio CBN.
O professor João Edison afirmou, em seu comentário, que a cidade não tem plano de gestão. O único plano que tem é “plano de mídia” de Abilio, preocupado em escolher apenas o melhor ângulo e melhor locação para seus vídeos de político-celular. João Edison fez até uma ótima comparação sobre Cuiabá com Abilio e Cuiabá sem Abilio. No período no qual a vice, Coronel Vânia, ficou à frente da gestão, enquanto o prefeito passeava pela Ásia em “viagem de trabalho”, a administração da prefeitura melhorou, é fato.
Ou seja, quando uma cidade fica melhor quando o prefeito viaja e a vice assume é um sinal terrível de que Cuiabá está no abismo de uma gestão sem eficiência e sem resultados, com muitos problemas sem solução.
























