O candidato à presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Dorileo Leal, divulgou uma carta compromisso para os clubes e ligas filiadas sobre as ações que serão desenvolvidas caso seja eleito. Confira abaixo o documento na íntegra.
CARTA COMPROMISSO AOS CLUBES E LIGAS FILIADOS (as) À FMF.
Após quatro anos de convivência na SAF que se responsabilizou pela administração do futebol do Mixto Esporte Clube pude constatar que o nosso futebol é um gigante adormecido exatamente em função das omissões da Federação Mato-Grossense de Futebol e a cada dia assistimos os times completamente desassistidos, enquanto que a nossa entidade mater esquece completamente os seus deveres e abandona os seus filiados à própria sorte.
Vamos aos fatos de maior relevância:
1- A Federação está indo para o quarto ano consecutivo sem ter um diretor de árbitros na entidade, o que é inadmissível pois temos bons árbitros, mas sem o apoio necessário.
2 – Os clubes que participam da série A do campeonato estadual recebem apenas ajuda para transporte, arbitragem e hospedagem para 25 pessoas quando os jogos são realizados fora de casa, tendo para isso que autorizar a venda de direitos de transmissões de todos os seus jogos como mandante, e além fica obrigado a colocar os patrocinadores do campeonato (cujos recursos vão para a FMF), em seus uniformes de jogo.
3 – Os clubes da série B do campeonato estadual recebem transporte, arbitragem e hospedagem quando jogam fora de casa. Nos últimos anos esta competição de acesso tem sido disputada em menos de um mês. Isso acarreta aos clubes gastos excessivos com contratos sem nenhum retorno porque há poucos jogos.
4- O futebol de base, categorias de sub 20, 17, 15, 13 e 11, não possuem calendário anual. São disputados apenas torneios curtíssimos, o que desestimula esse trabalho na maioria dos clubes, que praticamente não tem revelado jogadores.
5 – A Federação não oferece nenhum incentivo para a promoção do futebol feminino no Estado, mesmo com o incentivo do governo de MT com a lei “Mato Grosso na Série A”. Além disso a Secretaria Estadual de Esportes conseguiu que Cuiabá seja sede da Copa do Mundo feminino de 2027.
UMA FEDERAÇÃO PARA TODOS COM CLUBES FORTES
A Federação Mato-Grossense de Futebol pode fazer muito para fazer retornar o público aos estádios e melhorar os patrocínios dos nossos clubes. Vou apresentar neste documento algumas propostas para debate e que podem ser melhoradas.
A – Vamos fazer gestão junto à Assembleia Legislativa de Mato Grosso e ao governo do Estado para a aprovação de uma lei que estimule a educação tributária, no sentido de que cada torcedor exija a sua nota fiscal nos estabelecimentos e tenha desconto a ingresso para o jogo do seu clube.
B- Vamos acabar com a “caixa preta”, dar transparência em todos os contratos da Federação Mato-Grossense de Futebol. Os patrocinadores do campeonato, cujos recursos hoje vão para a FMF, serão revertidos para os clubes. Todos os clubes saberão o que estão assinando. Precisamos de uma Federação atuante e clubes fortes e não federação rica e clubes fracos. Por exemplo, os clubes têm o direito de saber qual o valor pago pela TV Detentora dos direitos de transmissão de jogos e também o valor pago pelos patrocinadores dos campeonatos.
C- Vamos buscar patrocinadores junto ao setor privado e público, não só para as transmissões da série A, mas também para a série B do Campeonato Estadual e competições de base.
D – A Federação Mato-Grossense estimulará a transmissão dos jogos das categorias de base, pelo menos sub 20 e sub 17, nos dois primeiros anos. Isso valorizará os atletas da base e abrirá mercado para a negociação de vários atletas, fortalecendo a economia dos clubes.
E – A Federação vai apoiar financeiramente o futebol feminino em Mato Grosso. Será montado um calendário anual com disputas profissionais e também com as competições de base, pelo menos nas categorias sub-20 e sub-17.
F- Minha primeira providência será a contratação de um diretor de árbitros, com autonomia e experiência nacional, pelo prazo de dois anos e cujo contrato poderá ser renovado, desde que essa renovação seja recomendada pela maioria do Conselho Arbitral. Garantindo que este diretor não acumulará qualquer outro cargo na FMF. Nossa gestão vai investir ainda em capacitação e treinamento dos árbitros.
G- Vamos fazer gestões junto à CBF e Estados da região Centro-Oeste para realizarmos anualmente a Copa Centro Oeste, que tendo o apoio da Confederação poderá ser comercializada com grandes redes de comunicação, a exemplo do que ocorre com a Copa do Nordeste e Copa Verde. Vamos realizar torneios convocando clubes grandes do futebol brasileiro para movimentarmos o calendário e os torcedores, mantendo o calendário ativo.
H- Voltarmos com a disputa da Copa FMF, que foi extinta pela atual gestão nesta temporada. Os clubes, que não jogam em nenhuma divisão do Campeonato Brasileiro, fecha as portas no segundo semestre. Isso afasta o torcedor do estádio que desacostuma a ver seu clube em campo. Nesta competição vamos limitar a participação de atletas Sub-23, fortalecendo o nosso futebol de base e ainda garantir aos clubes premiação.
I- Criaremos o departamento dentro da FMF para captação de recursos de emendas e convênios de órgãos estaduais e federais para a entidade e clubes. Este departamento estará à disposição dos clubes para confecção de projetos, contratos e prestação de contas desses recursos públicos.
J- Assumiremos o compromisso de promover uma solução definitiva para a reforma dos gramados e melhorias nos estádios que recebem jogos oficiais em competição organizadas pela FMF. Esse projeto será capitaneado exclusivamente pelo presidente Dorileo Leal. Vamos melhorar a qualidade do nosso futebol.
K- Vamos assumir o compromisso de reavaliar os valores de taxas cobradas pela FMF, como registro de atletas, alvarás, entre outras despesas. Atualmente os clubes gastam valores exagerados, que poderiam ser revertidos na montagem de elencos.
L- Vamos reavaliar os débitos dos clubes junto à FMF, sugerir parcelamentos e até redução de dívidas.
M- Vamos sugerir a criação de sub-sedes da Federação nas principais regiões do estado. Uma na região Norte, Sul, Araguaia e na região Oeste (Cáceres).
N- A nova gestão será compartilhada. As decisões serão em colegiado, sem autoritarismo e arbitrariedade como vem sendo feito na entidade.
