A gerência regional da Agência Nacional de Mineração (ANM) decidiu reprovar nesta terça-feira (09.09) um relatório apresentado pela empresa australiana Axel Ree Ltda para pesquisa de terras raras no município de Itiquira, em Mato Grosso (a 358 km de Cuiabá).
A pesquisa mineral na região é chamada pela empresa estrangeira de “Itiquira Project”. A região é apontada como um local que abriga complexos alcalino-carbonatíticos considerados como tendo grande potencial de mineralização de terras raras.
A mineradora passou a pesquisar terras raras na região em 2023, quando teve pedido atendido pela ANM. A titular do pedido era a empresa Foxfire Metals Ltda, que cedeu direitos minerários em Minas Gerais, Piauí e em Mato Grosso para a australiana Axel Ree Ltda.
Segundo a especialista em Recursos Minerais da ANM, Maria Bouret de Medeiros, foi verificado no Relatório Final dos estudos “a impossibilidade de comprovação da exatidão dos dados de pesquisa, e que os trabalhos realizados foram insuficientes para avaliação da área visando prospecção de terras raras”.
Se a negativa ao relatório final for efetivada, a mineradora perde direito sobre a área, que poderá ser requerida por outra empresa. Ao todo, a ANM negou aprovar três relatórios finais de requerimento de pesquisa da empresa australiana.
Além da Axel Ree, também pesquisa terras raras em Mato Grosso a mineradora de Minas Gerais Core Mining Services Ltda. A pesquisa da mineradora ocorre na Fazenda São Sebastião no município de Santa Terezinha, na região do Araguaia, onde o Incra pretende realizar um projeto de assentamento da reforma agrária.
Também há um requerimento de pesquisa por terras raras aprovado pela ANM para o entorno do Parque Estadual Águas Quentes, entre Cuiabá e Santo Antônio de Leverger.
As terras raras são um conjunto de 17 minerais usados como matéria-prima para setores considerados críticos, como mobilidade, defesa, eletrônica avançada e transição energética.
Há indícios de terras raras em municípios como Juruena, Cotriguaçu e Aripuanã, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).


























