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MARÃIWATSÉDÉ

Bebê, gestante e jovem morrem por falhas na assistência a povo Xavante em MT

OPAN cobra Funai e Sesai por desnutrição, doenças respiratórias e colapso no transporte.

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Por falhas na assistência em saúde, um bebê de um ano, uma gestante e uma jovem morreram recentemente na Terra Indígena Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso. Os óbitos, considerados evitáveis, ocorreram em meio ao agravamento de casos de desnutrição infantil e doenças respiratórias entre o povo Xavante.

A denúncia foi feita pela Operação Amazônia Nativa (OPAN), que relatou a situação em carta enviada na sexta-feira (16.05) à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). O documento aponta a ausência de um coordenador no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante, falhas na infraestrutura básica e a paralisação de atendimentos por falta de transporte.

Bebê, gestante e jovem morrem por falhas na assistência a povo Xavante em MT (Foto: Opan)

De acordo com a organização, os dois veículos da Sesai disponíveis no polo-base de Marãiwatsédé estão quebrados, impedindo que equipes de saúde visitem as 21 aldeias do território. Os três óbitos ocorreram em sequência: um bebê morreu por desnutrição, a gestante, com síndrome respiratória aguda, e a jovem, por complicações de um apêndice supurado.

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A OPAN alerta para a necessidade de uma resposta urgente por parte do governo federal. “A presença da Funai, da Sesai e o engajamento da comunidade são fundamentais”, afirma a carta, que também defende a realização de um diagnóstico detalhado com apoio de agentes indígenas de saúde e familiares.

A Terra Indígena Marãiwatsédé é uma das nove ocupadas pelo povo Xavante. Segundo o Censo de 2022, vivem no local cerca de 1.160 pessoas. A história do território é marcada por um longo processo de retirada forçada, retorno e desintrusão. Os Xavante foram expulsos em 1966, retornaram em 2004 e só conseguiram retomar o território de forma plena em 2013. Nesse período, cerca de 70% da vegetação nativa foi destruída, comprometendo a segurança alimentar da população.

Procuradas, Funai e Sesai ainda não se manifestaram.

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