O número de casos de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) registrados em Mato Grosso apresentou queda em 2023, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde. Foram notificados 345 casos no último ano, redução em relação aos 739 de 2022. Desde 1980, o estado contabilizou 17.247 casos da doença.
Entre os homens, os casos de AIDS confirmados em 2023 chegaram a 246, enquanto entre as mulheres foram 99. A faixa etária de 15 a 24 anos registrou 49 novos casos, número menor que os 104 contabilizados no ano anterior. Já entre crianças menores de cinco anos, não houve registros neste ano.
A AIDS, causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), segue como um desafio em todo o país. Neste ano, o Ministério da Saúde informou que cerca de 8% das 904 mil pessoas diagnosticadas com HIV/Aids em 2023 não fizeram o tratamento necessário para redução da carga viral. Além desses que não buscam tratamento, ainda há outro contingente de 16% que começa o tratamento e não continua.
Para apoiar pessoas recém-diagnosticadas, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS (RNP+Brasil) lançou neste ano a 4ª edição da cartilha “E Agora, o Que Eu Faço?”. O material traz informações sobre prevenção, cuidados e estratégias para lidar com o diagnóstico, abordando tanto o impacto psicológico quanto o físico.
“O diagnóstico de HIV exige acolhimento, informação e acompanhamento contínuo para garantir qualidade de vida”, destaca a RNP+Brasil na publicação. Além de orientações sobre hábitos saudáveis, a cartilha destaca a importância do diálogo entre pacientes e profissionais de saúde para personalizar o tratamento e assegurar a adesão às terapias.
Os especialistas também alertam para o risco de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis e hepatites B e C, muitas vezes associadas a práticas sexuais desprotegidas. A conscientização sobre essas questões, segundo a Rede, é essencial para uma abordagem mais ampla da saúde sexual.
Mesmo com a queda no número de novos casos, os dados reforçam a necessidade de manter o tema em pauta. “Reduzir os números é importante, mas combater o estigma e assegurar o acesso à saúde para quem vive com HIV é um desafio contínuo”, conclui a RNP+Brasil.
Dia Mundial de combate à AIDS
Este domingo, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à Aids, uma data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1988. A data tem como objetivo alertar a sociedade sobre a doença e combater o preconceito e a desinformação. O mês de dezembro é também conhecido como Dezembro Vermelho, uma campanha de conscientização sobre o HIV e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).