Impulsionadas pelo calor, pela busca por bem-estar e por mudanças no comportamento do consumidor, as cervejas de baixo teor alcoólico e menos calóricas têm ampliado sua presença no mercado brasileiro. A tendência se intensifica no verão, período em que cresce o consumo de bebidas, mas também a preocupação com moderação e saúde.
Levantamento recente da Globo aponta que 69% dos brasileiros afirmam adotar um consumo mais consciente nessa época do ano, priorizando produtos associados à manutenção do corpo e ao equilíbrio físico e emocional. O movimento tem influenciado decisões da indústria cervejeira, que passou a investir em rótulos mais leves e com menor teor alcoólico.
Em Mato Grosso, a Cervejaria Louvada lançou uma versão de cerveja de baixo teor alcoólico voltada a esse público. O rótulo, do estilo American Light Lager, tem 3,7% de teor alcoólico e 29 calorias a cada 100 ml, características alinhadas à proposta de bebidas mais refrescantes e de fácil consumo. Segundo a empresa, o objetivo é atender consumidores que buscam opções menos alcoólicas para diferentes ocasiões, inclusive no dia a dia.
A aposta em cervejas chamadas “low” acompanha uma tendência observada também em outros mercados, como o europeu e o norte-americano, onde produtos com menos álcool e menos calorias deixaram de ser nicho e passaram a disputar espaço com rótulos tradicionais. No Brasil, o segmento ainda é pequeno, mas cresce impulsionado por mudanças de hábito, especialmente entre consumidores mais jovens.
Além da reformulação de produtos, algumas cervejarias têm associado o discurso de consumo consciente a práticas ambientais. A Louvada, por exemplo, passou a oferecer uma sacola retornável para compras na loja da fábrica, em Cuiabá, concedendo desconto a clientes que adotam a embalagem reutilizável. A estratégia dialoga com dados da mesma pesquisa da Globo, segundo a qual a valorização de práticas sustentáveis influencia decisões de compra, especialmente entre mulheres.
Para analistas do setor, a combinação entre inovação, moderação no consumo e preocupação ambiental tende a ganhar força nos próximos anos, pressionando o mercado a diversificar seu portfólio além das cervejas tradicionais de maior teor alcoólico.

























