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ARTE, CINEMA E LUZ NATURAL

Cineasta Bruno Bini celebra cinema mato-grossense em podcast

No último mês, Bini fez história ao vencer quatro Kikitos no 53º Festival de Cinema de Gramado.

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Cineasta Bruno Bini celebra cinema mato-grossense em podcast
Cineasta Bruno Bini celebra cinema mato-grossense em podcast (Foto: Reprodução)

O premiado cineasta cuiabano Bruno Bini é o convidado do episódio desta quarta-feira (03.09) do podcast Arte, Cinema e Luz Natural, apresentado pela iluminadora e pesquisadora Priscila Freitas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (PPGECCO) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Todos os episódios estão disponíveis no canal do YouTube do PNB Online.

No último dia 23 de agosto, Bini fez história ao vencer quatro Kikitos no 53º Festival de Cinema de Gramado. Ele conquistou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Montagem com o longa Cinco Tipos de Medo, além de Melhor Ator Coadjuvante para o rapper Xamã. Foi a primeira vez que um diretor de Mato Grosso levou a principal premiação do cinema nacional. O episódio foi gravado antes da vitória em Gramado.

Durante a entrevista, Bini falou sobre os desafios de produzir cinema fora do eixo Rio-São Paulo e destacou a importância das políticas públicas de fomento. “A produção cultural do país parou por quase quatro anos. Só agora conseguimos retomar projetos represados, e isso só é possível porque existem mecanismos como a lei do audiovisual e editais regionais”, afirmou.

O diretor também comentou sobre sua atuação como produtor de seus próprios filmes, o que exige concorrer a editais e gerir recursos. “É um processo que exige dedicação e resiliência. A gente precisa saber elaborar o projeto, defender, executar e prestar contas. Isso faz parte da vida de quem faz cinema em Mato Grosso”, explicou.

O episódio abordou especialmente o uso da luz natural nos processos criativos. Bini citou o curta Trovão Sem Chuva, rodado integralmente na Chapada dos Guimarães, como exemplo de como a luz do sol molda a narrativa. “Foi uma escolha estética e narrativa. A história se passa em um tempo pré-colonial e queríamos que essa referência estivesse na fotografia. A experiência foi intensa e exigiu adaptação diária ao clima e às condições do sol”, contou.

Ele descreveu ainda cenas marcantes, como a luta filmada sob a cachoeira do Relógio. “As imagens em preto e branco, com os personagens silhuetados contra a paisagem, deram um resultado poderoso. É o tipo de registro que só a luz natural proporciona”.

Sobre a influência de Mato Grosso em sua obra, Bini destacou o impacto da luz e do céu do estado. “O pôr do sol daqui é único. Já ouvi isso de profissionais de fora que vieram filmar comigo. As cores que surgem no fim da tarde são impossíveis de reproduzir em outro lugar”, disse.

Apesar de se considerar um cineasta com forte pegada urbana, Bini afirmou que pretende explorar ainda mais os biomas locais em futuros projetos. “Mato Grosso tem uma luz especial, seja no Pantanal, na Amazônia ou no Cerrado. Eu registro muito disso na publicidade, mas quero trazer mais para o cinema. Vale o esforço, mesmo com o calor e a exaustão que uma filmagem externa impõe”.

Confira o episódio na íntegra:

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