A deputada Coronel Fernanda (PL) e o deputado Coronel Assis (PL), que votaram a favor da PEC da Blindagem, possuem emendas investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF) desde 2024. As emendas, denominadas “emendas pix”, são feitas por meio de transferência especial para municípios e estados, sem convênios, com menor fiscalização.
O MPF abriu procedimentos para investigar diversas emendas de parlamentares desde 2024. Na terça-feira (16.09), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, mandou investigar R$ 6,45 milhões em emendas pix.
O pedido de investigação levou o Congresso Nacional a colocar para votação a PEC da Blindagem, que determina a aprovação do Congresso para cada investigação do STF contra políticos e aumenta a impunidade de investigados por corrupção.
Coronel Fernanda e Coronel Assis foram dois dos seis deputados que votaram a favor da PEC da Blindagem. Além deles, votaram a favor da PEC Gisela Simona (União), Rodrigo da Zaeli (PL), Nelson Barbudo (PL) e José Medeiros (PL). Na bancada de Mato Grosso, apenas Emanuelzinho (MDB) e Juarez Costa (MDB) foram contra o projeto.
Coronel Fernanda tem uma emenda em apuração pelo MPF no valor de R$ 1,4 milhão para Chapada dos Guimarães. Outra emenda da deputada, de R$ 300 mil para o município de Alto Boa Vista, também está sob escrutínio do MPF. A Prefeitura de Alto Boa Vista não forneceu dados das contas bancárias e não explicou como o dinheiro foi aplicado, o que levou o MPF a abrir a apuração.
Em nota, Coronel Fernanda afirmou, na época da abertura da investigação, que destinou emendas para Chapada dos Guimarães por conta dos prejuízos causados pelos deslizamentos de terra no Portão do Inferno.
Coronel Assis também tem uma emenda sob análise do MP. A emenda, no valor de R$ 1,4 milhão, foi destinada para a cidade de Várzea Grande. Segundo o parlamentar, o dinheiro foi destinado para obras de pavimentação no município.
