
A elefanta africana Kenya morreu nesta terça-feira (16.12), aos 44 anos, no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), em Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá). A morte ocorreu quatro dias após o diagnóstico de um quadro respiratório associado a dores nas articulações, segundo a instituição.
Kenya havia chegado ao santuário em julho deste ano, depois de percorrer mais de 2.000 quilômetros. Ela foi a segunda elefanta africana acolhida pelo SEB após passar grande parte da vida em isolamento.
De acordo com o santuário, na sexta-feira (12) o animal apresentou sinais de melhora, com mais disposição, alimentação regular e respiração aparentemente mais estável. No dia seguinte, porém, o quadro voltou a se agravar.
Além das dificuldades respiratórias, Kenya desenvolveu problemas articulares ao longo da última semana. O SEB informou que os sintomas começaram de forma discreta, com estalos na pata dianteira direita, e evoluíram rapidamente. O quadro foi associado a danos crônicos causados por décadas vivendo sobre superfícies compactas, condição comum em elefantes mantidos em cativeiro.
Segundo a equipe veterinária, exames de sangue indicavam parâmetros compatíveis com a idade do animal, mas avaliações mais aprofundadas eram limitadas diante do estado geral de saúde. Kenya vinha recebendo medicação e cuidados intensivos.
Na madrugada desta terça, a elefanta se deitou pela primeira vez após vários dias, sinalizando exaustão. Ela permaneceu calma e foi acompanhada por tratadores durante toda a noite. Pela manhã, a respiração mudou e Kenya morreu de forma tranquila, ainda de acordo com o relato do santuário.
Em nota, o SEB afirmou que a elefanta foi cercada de cuidados e atenção nos últimos dias e destacou o impacto de sua história. Mesmo após décadas vivendo sozinha, Kenya conseguiu construir vínculo com Pupy, outra elefanta acolhida pelo santuário, relação que, segundo a instituição, foi gradual e significativa.
O Santuário de Elefantes Brasil é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao resgate e cuidado de elefantes que viveram em cativeiro no país.

























