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CINEMATO

Festival de Cinema de Cuiabá premia filme sobre profissionais da saúde e destaca vozes amazônicas

Com plateia lotada, evento entrega troféu a Nieta, da Casa das Pretas, e recebe apoio ao tombamento como patrimônio cultural de Mato Grosso.

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Festival de Cinema de Cuiabá premia filme sobre profissionais da saúde e destaca vozes amazônicas
Festival de Cinema de Cuiabá premia filme sobre profissionais da saúde e destaca vozes amazônicas (Foto: Assessoria)

O 22º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (Cinemato) encerrou sua edição 2025 neste domingo (20), no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), celebrando obras audiovisuais que abordam temas sociais, identitários e ambientais. O grande vencedor da noite foi o curta-metragem mato-grossense Reagente, de Bruno Binni, que levou os prêmios de melhor curta nacional e estadual.

No longa-metragem, O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG), foi consagrado pelo júri oficial com os troféus de melhor filme, direção, fotografia e atuação para Bárbara Colen. Já o documentário Concerto de Quintal, de Juraci Júnior (RO), venceu na categoria de melhor longa documentário e foi também o favorito do público.

A cerimônia foi marcada pela entrega do Prêmio Dira Paes à ativista Antonieta Luisa Costa, conhecida como Nieta, fundadora da Casa das Pretas, em reconhecimento à sua trajetória no audiovisual e na luta antirracista. A atriz e diretora Dira Paes participou da premiação e reforçou o apoio à proposta de tombamento do festival como Patrimônio Cultural e Imaterial de Mato Grosso.

O anúncio foi feito no palco pelo secretário adjunto de Cultura do Estado, Jan Moura, que garantiu recursos públicos para a realização da próxima edição. O deputado estadual Beto Dois a Um também declarou apoio à proposta e se comprometeu a apresentar projeto de lei para assegurar a continuidade do evento.

“Cada filme exibido aqui mostra a importância de resistirmos e contarmos nossas histórias. O audiovisual é uma ferramenta de libertação”, disse Dira Paes, ao lado de produtores e estudantes que assinaram o pedido de tombamento.

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Premiações e destaques
Entre os curtas, o público e o júri reconheceram a força de obras que exploram memórias pessoais e temas coletivos. Albuesas, de Glória Albues, venceu o voto popular e recebeu menção honrosa do júri pela abordagem poética de temas familiares e afetivos. Também foram premiados o curta Arame Farpado, de Gustavo Carvalho (SP), na direção; Tapando Buracos (AL), no roteiro; Mãe (RS), pela atuação de Valéria Barcellos; e Linda do Rosário (RJ), pela fotografia de Bento Marzo.

Bruno Binni, ao receber os prêmios por Reagente, emocionou-se ao dedicar o filme aos profissionais da saúde que atuaram na linha de frente da pandemia de Covid-19. “Esse curta é um retrato urgente sobre aqueles que enfrentaram o risco diariamente”, afirmou.

A animação Coisa de Preto, de Pâmela Peregrino (SE), também foi lembrada com menção honrosa por sua abordagem inovadora e representatividade.

Um festival com história e engajamento
Realizado entre 14 e 20 de julho, o Cinemato exibiu 62 filmes de 18 estados brasileiros em mostras competitivas e especiais, como Cinema Escola, Melhor Idade e Hors Concours. A programação buscou refletir os diversos “Brasis” e seus desafios, valorizando saberes ancestrais e temas como racismo, homofobia, xenofobia e resistência indígena e afro-brasileira.

A abertura homenageou o cineasta luso-brasileiro Silvino Santos (1886–1970), pioneiro do cinema na Amazônia, com exibição de um de seus filmes restaurados, acompanhada por trilha sonora ao vivo e performance da bailarina Nasla Brandão.

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Com entrada gratuita, feira gastronômica e de artesanato, o evento foi organizado pelo Instituto INCA, com apoio da Secretaria Estadual de Cultura (Secel-MT), UFMT, Canal Brasil, Assembleia Legislativa e outros parceiros culturais.

Troféus sustentáveis com identidade amazônica
Os troféus também traduziram a proposta do festival. O Prêmio Dira Paes foi esculpido em madeira de reflorestamento e inspirado em símbolos de empoderamento feminino e da cultura amazônica, com a figura de um boto mulher. Já o troféu Coxiponé, entregue aos vencedores das mostras, foi confeccionado com madeira reciclada, com desenhos indígenas e a imagem de um pescador esculpido em arame.

Confira os principais premiados do 22º Cinemato:

Mostra Nacional – Longas-Metragens

Melhor Filme (Júri Oficial): O Silêncio das Ostras (MG)

Melhor Documentário (Júri Oficial e Popular): Concerto de Quintal (RO)

Melhor Direção: Marcos Pimentel – O Silêncio das Ostras

Melhor Roteiro: Marco Altberg e Tainá de Luccas – Kopenawa: Sonhar a Terra Floresta (RJ)

Melhor Atuação: Bárbara Colen – O Silêncio das Ostras

Melhor Fotografia: Petrus Cariry – O Silêncio das Ostras

Mostra Nacional – Curtas-Metragens

Melhor Curta Nacional e Mato-Grossense: Reagente (MT)

Melhor Curta (Júri Popular): Albuesas (MT)

Melhor Direção: Arame Farpado (SP)

Melhor Roteiro: Tapando Buracos (AL)

Melhor Atuação: Valéria Barcellos – Mãe (RS)

Melhor Fotografia: Linda do Rosário (RJ)

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