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Indígenas marcam oposição à Ferrogrão em Brasília nesta 4ª

Representantes das etnias indígenas Kayapó e Munduruku, presentes no norte do estado de Mato Grosso se encontram com o Ministério dos Transportes.

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Nesta quarta-feira (07.02), representantes das etnias indígenas Kayapó e Munduruku, presentes no norte do estado de Mato Grosso, se encontram em Brasília (DF) com o Ministério dos Transportes para reforçar sua posição contrária à construção da Ferrogrão, ferrovia planejada para transportar soja de Mato Grosso aos portos de exportação do Pará.

Os indígenas, ligados ao Instituto Kabu, de Novo Progresso (PA), planejam exigir o aprofundamento dos estudos de impactos ambientais e a realização de consultas nas aldeias, conforme previsto pela Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o que ainda não foi feito. A ferrovia permanece suspensa devido à sua rota atravessar a Floresta Nacional do Jamanxim.

Um levantamento conduzido pelo veículo Brasil de Fato em colaboração com InfoAmazonia e O Joio e O Trigo revelou que ao menos seis terras indígenas, onde vivem aproximadamente 2.600 pessoas, e 17 unidades de conservação estão na área delimitada da Ferrogrão, que abrange 25 municípios do Mato Grosso e do Pará, com população estimada em quase 800 mil pessoas. Considerando uma zona de amortecimento de 10km no entorno dos territórios, a ferrovia incide sobre mais de 7,3 mil km² de terras indígenas e ultrapassa 48 mil km² sobrepostos às unidades de conservação.

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Indígenas marcam oposição à Ferrogrão em Brasília nesta 4ª Indígenas Kayapó (Foto: Mídia Ninja)

Um estudo intitulado “Amazônia do futuro: o que esperar dos impactos socioambientais da Ferrogrão?”, realizado pelo Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apontou que a obra pode impactar quase 5 milhões de hectares de área protegida em municípios que já somam mais de 1 milhão de hectares desmatados ilegalmente.

“É importante deixar claro: Não somos contra o desenvolvimento do Brasil; não somos contra a Ferrogrão. Mas o próprio branco faz a lei e não cumpre”, afirmou o Relações Públicas do Instituto Kabu e liderança Kayapó, Doto Takak-Ire.

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