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VIOLÊNCIA DIGITAL

Levantamento identifica uso de deepfakes sexuais em escolas em MT

Mapeamento da SaferNet identificou 16 casos em 10 estados; em Mato Grosso, quatro infratores foram apontados.

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Levantamento identifica uso de deepfakes sexuais em escolas em MT e mais nove estados (Foto: Reprodução)
Levantamento identifica uso de deepfakes sexuais em escolas em MT e mais nove estados (Foto: Reprodução)

A ONG SaferNet Brasil identificou casos de deepfakes sexuais em escolas de 10 estados brasileiros, entre eles Mato Grosso, segundo um levantamento inédito sobre o uso indevido de inteligência artificial (IA) generativa para a criação de imagens íntimas falsas de crianças e adolescentes. O estudo, divulgado nesta segunda-feira (06.10) aponta quatro infratores em Mato Grosso, embora nenhuma vítima tenha sido identificada até agora.

O mapeamento, parte da pesquisa “Uso indevido de IA generativa: perspectivas sobre riscos e danos centradas nas crianças”, contabiliza 16 casos e ao menos 72 vítimas em todo o país, com registros em Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Todos os envolvidos nos casos identificados tinham menos de 18 anos quando os atos ocorreram. Em Mato Grosso, o levantamento aponta a identificação de 4 infratores entre 2023 e setembro de 2025.

As deepfakes sexuais, imagens manipuladas digitalmente que colocam o rosto de alguém em cenas de nudez ou de caráter sexual, são consideradas crimes de violação da intimidade e da dignidade. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), simular cenas pornográficas com menores de idade pode resultar em até três anos de sanções para adolescentes e até seis anos de reclusão para adultos.

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Embora o número de casos ainda seja pequeno diante das ocorrências de abuso sexual sem uso de IA, a SaferNet alerta para o avanço dessa prática e a ausência de monitoramento oficial por parte das autoridades. “Queremos compreender a dimensão do problema e incentivar a criação de respostas públicas que façam diferença no dia a dia dos adolescentes”, afirma Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da organização.

O estudo, financiado pelo fundo SafeOnline e gerido pela Unicef, ainda busca novos relatos de vítimas e testemunhas. Os depoimentos podem ser feitos de forma anônima e segura no canal de ajuda da SaferNet.

A ONG também confirmou, de forma independente, três novos casos não noticiados pela imprensa, dois no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, somando pelo menos outras dez vítimas. Segundo a entidade, o avanço das ferramentas de IA generativa e a facilidade de criar montagens hiper-realistas aumentam o risco de danos psicológicos e sociais para as vítimas, que muitas vezes não denunciam por medo ou vergonha.

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