Maria, José e Silva continuam no topo da lista de nomes e sobrenomes mais comuns em Mato Grosso, segundo o levantamento Nomes no Brasil, divulgado nesta terça-feira (04.10) pelo IBGE, com dados do Censo Demográfico de 2022. Mesmo com a chegada de novas tendências, os clássicos resistem: há mais de 150 mil Marias e 72 mil Josés registrados no estado, além de mais de 650 mil pessoas com o sobrenome Silva, presente em 17,8% da população mato-grossense.
O estudo mostra que os nomes mais populares no estado mesclam tradição religiosa e familiar com influências de novas gerações. Até 1940, por exemplo, o trio Maria, José e Antônio dominava os registros, nomes de forte influência católica. Já entre 1990 e 1999, começaram a aparecer Lucas, Jéssica e Aline.
Entre os nascidos nas últimas décadas, o contraste é ainda mais evidente. De 2020 a 2022, Gael, Davi, Miguel e Helena passaram a figurar entre os preferidos dos mato-grossenses, enquanto Sebastião e Antônia, nomes comuns entre pessoas com mais de 60 anos, registraram queda.
“Essas mudanças mostram como o nome é também um retrato do tempo. Ele expressa transformações culturais, religiosas e até midiáticas”, explica Rodrigo Almeida Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento do IBGE e responsável pelo projeto.
Tradição
Apesar das novidades, alguns nomes parecem imunes às modas. Maria e José continuam liderando todos os recortes etários e regionais, aparecendo entre os mais registrados desde antes de 1940 até os dias atuais. Em Mato Grosso, há mais de 220 mil pessoas que se chamam Maria ou José. Nacionalmente, a hegemonia se repete: Maria é o nome de 11,7 milhões de brasileiras, e José, o de 5,7 milhões de brasileiros.
Entre os sobrenomes, Silva, Santos, Oliveira e Souza formam o quarteto mais comum tanto no estado quanto no país. No Brasil, o sobrenome Silva está presente em 16,7% da população, chegando a mais de um terço dos registros em estados do Nordeste, como Alagoas e Pernambuco.
