Matéria da jornalista Vitória Gomes, do site Midianews, traz uma entrevista com o governador Mauro Mendes (União) sobre o estudo de uma possível mudança no modal de transporte urbano entre Cuiabá e Várzea Grande. Mais uma troca, depois de abandonar o VLT, o governo pode trocar o BRT pelo BUD, Bonde Urbano Digital. O que chama a atenção na entrevista é que o governador deu um chega pra lá no prefeito Abilio Brunini, que tenta se colocar como pai da ideia da nova troca.
“Antes de o senhor Abilio virar prefeito, o governo já estava estudando isso, afirmou o governador Mauro Mendes, dando um chega pra lá no líder da extrema direita de Mato Grosso e na sua tentativa de pegar carona numa ideia que é do governo estadual.
Traduzindo. Direto e claro, no melhor estilo “deixa que eu chuto”, Mauro Mendes mandou Abilio ficar quietinho e não se meter no governo dele. A entrevista do senhor governador à jornalista Vitória Gomes:
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a decisão sobre a eventual implantação do Bonde Urbano Digital (BUD) em Cuiabá será tomada exclusivamente com base em critérios técnicos e somente após a conclusão dos estudos que vêm sendo realizados pelo Governo do Estado.
A declaração foi feita após o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, afirmar que o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), deve conseguir convencer o governador a adotar o BUD como alternativa de transporte coletivo para a Capital.
Mauro Mendes, no entanto, reforçou que o processo não sofre interferência política nem pressão externa.
“É uma decisão técnica. Antes de o senhor Abilio virar prefeito, o governo já estava estudando isso, silenciosamente. E vai estudar até o último momento”, afirmou o governador.
Defensor do BUD, Abilio tem argumentado que o modal representa uma solução mais moderna e menos onerosa. Na semana passada, o prefeito participou da viagem inaugural do sistema em Curitiba e também já esteve na Ásia para conhecer experiências semelhantes.
Sérgio Ricardo tem defendido que, apesar de a decisão depender formalmente do chefe do Executivo estadual, haveria espaço para entendimento entre as partes.
Segundo Mendes, porém, não há definição prévia sobre o modal, e qualquer posicionamento só será apresentado ao público após o encerramento das análises.
Ele frisou que a decisão será amplamente justificada à população, com base nos dados levantados pelo governo.
“Quando o governo chegar às suas conclusões, por meio dos estudos que estamos fazendo, iremos a público para explicar — e temos o dever de explicar a todo cidadão e à sociedade — por que decidimos por A, B ou C”, concluiu.
