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LIGAÇÃO COM PODEROSOS

Pivô do esquema do INSS que recebeu Mauro Mendes em festa é preso pela PF

Prisões ocorreram em mais uma fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraude no INSS.

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O empresário Maurício Camisotti, pivô do esquema de fraudes no INSS, foi preso nesta sexta-feira (12.09) pela Polícia Federal em mais uma fase da Operação Sem Desconto. A Polícia Federal também prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.

O governador Mauro Mendes e o ex-senador Cidinho Santos foram citados durante um depoimento na CPMI do INSS como pessoas relacionadas a Camisotti. A citação dos políticos mato-grossenses foi feita pelo advogado Eli Cohen, que prestava depoimento na CPMI e é considerado o principal denunciante do esquema de fraude no órgão público.

Segundo o advogado, Mauro Mendes e Cidinho seriam pessoas próximas ao grupo THG, ligado a Camisotti, e a prova disso seria a presença dos dois políticos em uma festa realizada em Santa Catarina. Cidinho negou conhecer Camisotti e disse que esteve no evento a convite do ex-deputado Antônio Luz, de quem disse ser amigo pessoal.

Em abril deste ano, o PNB Online mostrou que a irmã de Maurício Camisotti, Marisa Camisotti, realizou descontos via consignações na folha de pagamento do Estado de Mato Grosso através da Ordem Brasileira de Assistência ao Servidor Público (OBASP) por conta de um convênio firmado com o governo em 2020. A PF afirma que Camisotti usava parentes e laranjas em entidades para controlar estes descontos considerados ilegais.

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Marisa faleceu mais de um ano depois, em dezembro de 2021. Depois disso, o governo continuou firmando convênios com a OBASP. O mesmo convênio foi atualizado em 2021 e em 2022, com outros representante da OBASP. O último convênio teve validade até 2023.

Os convênios firmados com a OBASP visavam quitar mensalidades referentes à aquisição de bens e serviços dos associados. Todos os convênios de consignação foram assinados pelo secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio Bezerra Guimarães dos Santos.

Ao menos duas consignações de contribuições associativas da OBASP foram alvos de reclamações judiciais por parte de servidores públicos de Mato Grosso.

Um dos servidores que processou a OBASP foi o terceiro sargento da Polícia Militar O.C.C. Em 2022, ele descobriu descontos não autorizados em seu holerite e questionou os descontos. Na época, a OBASP descontava R$ 74,70 do holerite do militar a título de “mensalidade”. Na época da ação, a ordem descontou, ao todo, R$ 488 do servidor. O militar pediu devolução do montante e indenização de R$ 10 mil.

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Escândalo do INSS

Conforme a PF, o “Careca do INSS” seria um intermediário dos sindicatos e associações, recebendo os recursos que eram debitados indevidamente dos aposentados e pensionistas, e repassando parte deles a servidores do Instituto ou familiares e empresas ligadas a eles.

A PF afirma que, ao todo, pessoas físicas e jurídicas ligadas ao “Careca do INSS” receberam R$ 53.586.689,10 diretamente das entidades associativas ou por intermédio de suas empresas.

Camisotti é investigado como um dos beneficiários finais das fraudes envolvendo associações ligadas a beneficiários. O empresário tem negado as acusações. A defesa dele informou que não há qualquer motivo que justifique a prisão no âmbito da operação que investiga fraudes no INSS. Os advogados de Camisotti classificaram a ação policial como arbitrária e disseram que vão buscar as medidas legais para reverter a prisão do empresário.

 

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