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ARTIGO

Quando a Luta é de Todos: o papel dos homens no enfrentamento à Violência Contra a Mulher

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Ser mulher no Brasil ainda é um ato de coragem. Todos os dias, milhares de nós enfrentamos medos, silêncios impostos e violências que jamais deveriam fazer parte da vida de ninguém. Como presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Cuiabá, carrego a responsabilidade e o dever de contribuir para transformar essa realidade com firmeza, serenidade e diálogo.

Mas há uma verdade que não podemos mais ignorar: nós, mulheres, não avançaremos sozinhas.

Defendo com convicção o movimento Eles por Elas porque compreendo que os homens também precisam assumir seu papel na construção de uma sociedade mais justa. Essa luta não é sobre dividir ou acusar. É sobre unir forças para proteger vidas, promover respeito e reconstruir relações que historicamente foram marcadas pela desigualdade.

A participação masculina é indispensável. Os homens do bem, pais, filhos, irmãos, colegas, lideranças, trabalhadores, nós precisamos de vocês nessa caminhada. É fundamental que se posicionem, eduquem pelo respeito, identifiquem sinais de violência, denunciem e se tornem parte da solução. O Eles por Elas nasce para isso: para convocar, acolher e engajar os homens num compromisso real com o fim da violência de gênero.

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Participo de encontros e debates sobre o tema e sempre percebo que a maioria das pessoas presentes são mulheres. É incoerente e injusto que continuemos debatendo entre nós uma violência que, em sua maior parte, é cometida por homens. Essa pauta também é deles, porque a transformação que buscamos só será possível quando todos compreenderem seu papel e sua responsabilidade.

Os dados mostram a urgência dessa mudança. Segundo o Observatório Caliandra, Mato Grosso já registrou 51 feminicídios em 2025. São vidas interrompidas, sonhos arrancados e famílias devastadas. Essa realidade não pode ser naturalizada. Cada caso é um alerta de que ainda estamos distantes do mundo seguro e igualitário que queremos construir.

O lançamento do Eles por Elas na Câmara de Cuiabá não é apenas simbólico. Queremos transformar essa iniciativa em ações reais, programas educativos, fortalecimento da rede de apoio às vítimas, campanhas permanentes de conscientização e políticas públicas que atuem de forma eficaz na prevenção da violência.

Como mulher e como vereadora, mantenho meu compromisso de abrir caminhos e unir vozes. Mas reafirmo, com serenidade e firmeza, precisamos dos homens ao nosso lado. Precisamos que se comprometam, que se informem, que se indignem e que ajam. A mudança só será plena quando for coletiva.

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É hora de virar essa página tão triste da nossa história. E só conseguiremos fazê-lo juntos, mulheres e homens, lado a lado, construindo uma sociedade onde nenhuma mulher precise temer por sua vida.

Maria Avalone e vereadora e Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Cuiabá

* A opinião do articulista não reflete necessariamente a opinião do PNB Online

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