A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou, por meio de nota, que tem oferecido suporte ao Grupo de Atuação Especial contra ao Crime Organizado (Gaeco) na deflagração da Operação Nexus, que apura a possível ligação de servidores públicos com a facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso. Segundo a Sesp, serão adotadas todas as medidas cabíveis ao caso, como abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os servidores envolvidos.
Além dos processos administrativos, a Sesp lembrou que já realiza operações continuadas dentro das unidades prisionais, visando a apreensão e proibição da entrada de celulares e outros produtos ilícitos.
Na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foco da operação do Gaeco, a Sesp deu início a uma de série medidas que incluem, além de operações de busca e varredura, a troca da equipe de direção e mudanças de procedimentos de acesso à unidade.
Operação Nexus
Segundo o Gaeco, um dos alvos é a Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec), que movimentou mais de R$ 13 milhões em quatro anos.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec). A operação busca arrecadar documentos que comprovem vínculos de transações financeiras e enriquecimento ilícito. Segundo o Gaeco, apesar da Associação não possuir capital social, movimentou entre o período de 18/09/2019 a 03/07/2023, mais de R$ 13 milhões.
O Gaeco cita ainda que “Sandro Louco”, um dos líderes da organização criminosa em Mato Grosso, preso em outro processo, em seu interrogatório teria vinculado a cantina/mercadinho da unidade prisional à facção criminosa Comando Vermelho.