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Só muda de endereço

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Vida de turista, ao contrário do que todos pensam, não é fácil, e no Brasil é pior ainda. Especialmente, quando se trata de informação, mesmo o destino visitado tendo CAT (Centro de Atendimento ao Turista). A gente tenta encontrar o mapa da cidade, mas, com raras exceções, as resposta são ‘não temos‘ ou ‘está sendo impresso‘. E quando perguntamos quando estará pronto, saem pela tangente: ‘infelizmente, não sabemos‘ ou ‘essas coisas demoram‘, como se fôssemos marinheiro de primeira viagem. Fingimos acreditar. É melhor do que se estressar com o (a) atendente.
Foi o que aconteceu conosco em João Pessoa, onde estivemos na semana passada. A cidade é bela, as praias lindas e limpas, e o atendimento nos hotéis, restaurantes e quiosques nada deixam a desejar. Pode-se afirmar que, no pedaço da orla mais badalado (Cabo Branco, Tambaú e Manaíra) tudo é (quase) impecável. Ah! Os motoristas também respeitam as faixas de pedestres.
Já no centro, tombado pelo patrimônio histórico, quase fomos atropelados por um motorista mal educado, mesmo atravessando a rua na faixa. Embora haja muitos imóveis recuperados ou em recuperação, como a Igreja e Convento de São Francisco, transformados em centro cultural, ou antigo Hotel Globo, no bairro Varadouro, quase nas margens do Rio Sanhauá, onde a cidade se iniciou, muitos prédios estão detonados. Boa parte deles só conta com a ‘carcaça‘. Isto é a parede externa.
Já no entorno do Conjunto Carmelita (Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Capela Santa Teresa), em processo de restauração, e da Casa do Azulejo, pelo menos no dia em que o visitamos, o lixo se espalhava pelas calçadas.
Aliás, nada disso é exclusivo de João Pessoa. Em várias capitais e cidades de porte médio brasileiras, os centros históricos vivem a mesma situação. Os cuiabanos, por exemplo, convivem não apenas com lixo nas ruas, como transitam em calçadas estreitíssimas, sem contar os eternos buracos em suas largas avenidas.
Por falar em buracos, o período chuvoso já se inicia e a maioria já existente desde anos anteriores sequer foi tapada. Ou seja, aos 40 mil já detectados devem, no mínimo, ser acrescidos de, digamos, outros 20 mil. E como nosso atual alcaide está mais preocupado em fazer lives e atacar seus opositores ao invés de cuidar da cidade que administra, só nos resta rezar para Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da capital. No entanto, como não acredito em milagres, o vaticínio é simples: a situação só tende a piorar. Ah! Estava me esquecendo das obras do BRT, que, a cada dia, têm transformado a cidade num caos. E esta novela parece ainda não ter um prazo para o capítulo final. Ô sina!
Jairo Pitolé Sant’Ana é jornalista

* A opinião do articulista não reflete necessariamente a opinião do PNB Online

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