O deputado estadual Valdir Barranco (PT) fez duras criticas a pré-candidata ao Senado, a ex-juíza Selma Arruda (PSL), por defender que os produtores rurais possam ter o direito de “receber à bala” as invasões do Movimento Sem Terra (MST).
O petista disse, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta quarta-feira (18), que a ex-magistrada “abertamente incentiva a criminalidade no estado de Mato Grosso”. Segundo ele, Selma, por “total falta de informação, trata todos os invasores como se fossem do MST”. Barranco ainda reiterou que nem todos os movimentos de luta pela terra fazem parte do Movimento Sem Terra. Além disso, ele ponderou que em Mato Grosso, somente 30% dos movimentos são feitos pelo MST.
“Essa luta é que originou a agricultura familiar no Brasil. O Brasil, até a década de 40, não tinha agricultores familiares, porquê a reforma agrária e a divisão do grande latifúndio improdutivo (…) só se deu graças à organização dos movimentos sociais, porque a terra não cai do céu e o governo não faria a reforma agrária por livre e espontânea vontade”, afirmou.
“No momento em que o mundo todo luta para que haja um movimento contrário [de desarmamento], (…) se os mais velhos não fizeram isso, os mais jovens não querem mais a liberdade para o uso de arma de fogo, porquê a todo momento há casos em que um ou outro entra em uma escola, entra em uma universidade, entra em um cinema portando arma de fogo e acontece uma tragédia, ceifando muitas vidas”, disse, se referindo ao amplo debate sobre a epidemia da violência armada nos Estados Unidos, fazendo uma comparação com o Brasil e o posicionamento da ex-juíza sobre o armamento da população.
Barranco ainda afirmou que tem “medo de pensar” como Selma tomava suas decisões como juíza, porque “enquanto a juventude luta para desautorizar o uso inconsequente de arma de fogo, uma ex-juíza, vem dizer uma barbaridade dessa de liberar arma para que os fazendeiros possam matar os Sem Terra”.
