Com a candidatura ao governo garantida pelo PL, o senador Wellington Fagundes está no jogo da sucessão de Mauro Mendes. A conferir se os prefeitos da extrema direita bolsonarista de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, vão mergulhar de cabeça na onda de Wellington ou se ainda resistirão a apoiar o companheiro de partido.
A maior beneficiária da consolidação da candidatura de Wellington ao governo é a deputada estadual Janaína Riva (MDB), que sonha com uma cadeira no Senado. Janaína é forte candidata a senadora, com o palanque de Wellington ganha ainda mais força. A depender dos arranjos nacionais, a aliança em Mato Grosso entre PL e MDB pode ser uma realidade. Bom para Fagundes, ótimo para Riva, péssimo para Brunini.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, líder da extrema direita bolsonarista em Mato Grosso, é contra a aliança entre PL e MDB no estado. Abilio corre o risco de pregar no deserto, sem poder político para barrar a aliança projetada. A aliança entre o senador e a deputada estadual joga no abismo o discurso ideológico do prefeito. O MDB tem tradição histórica em fazer alianças eleitorais à esquerda ou à direita, agora, quem diria, pode experimentar a aliança com a extrema direita bolsonarista.
Com a dobradinha Wellington governador e Janaína senadora, a candidatura ao Senado do deputado federal José Medeiros, da tropa de choque da extrema direita bolsonarista, corre o risco de minguar. Janaína forte e Medeiros fraco é uma conta que deve ser feita neste jogo na disputa das duas vagas ao Senado por Mato Grosso.
Ao fim e ao cabo. Candidato ao Senado, em óbvio, fica sempre em melhores condições de disputa se tiver um bom candidato a governador puxando a chapa. E é muito bom, também, que sejam dois candidatos a senador em cada chapa. Cada um com discursos próprios, com propostas próprias, mas ambos afinados com o discurso do candidato a governador. Jogo de soma que faz diferença.
























