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EXPORTADORES

Pecuaristas criticam plano de R$ 30 bi do governo para afetados por tarifaço dos EUA

Associação afirma que produtores já arcam com prejuízos e cobra prioridade em socorro.

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Pecuaristas criticam plano de R$ 30 bi do governo para afetados por tarifaço dos EUA
Pecuaristas criticam plano de R$ 30 bi do governo para afetados por tarifaço dos EUA (Foto: Assessoria)

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) criticou nesta quarta-feira (13.08) o pacote de R$ 30 bilhões anunciado pelo Governo Federal para apoiar exportadores afetados pela sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Segundo a entidade, a pecuária é o segmento mais prejudicado desde o anúncio da medida norte-americana e, por isso, deveria ser o principal destinatário de qualquer compensação financeira. “O produtor já está perdendo quase R$ 400 por animal abatido, independentemente do destino dessa carne”, afirmou em nota o presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Jr.

A sobretaxa norte-americana, chamada de “tarifaço”, provocou, de acordo com a associação, uma queda imediata nos preços da arroba do boi. A Acrimat estima perdas de cerca de US$ 12 milhões por dia desde a publicação da medida, o que teria comprometido a recuperação prevista para o período.

Para a entidade, o pacote de crédito anunciado pelo governo, que conta com linhas com juros reduzidos, prorrogação de tributos e incentivos à exportação,  beneficia empresas que “já se preveniram, repassando prejuízos ao produtor”. “Não há sentido algum dar incentivo a quem não está pagando essa conta”, disse Ribeiro Jr.

Leia Também:  Exportações de carne bovina alcançam recorde histórico em setembro

O plano de socorro, batizado de MP Brasil Soberano, foi lançado hoje no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante o evento, Haddad afirmou que o Brasil está sendo sancionado “por ser mais democrático que o agressor” e classificou a sobretaxa dos EUA como “injustificável do ponto de vista político e econômico”.

O pacote prevê, entre outras medidas, R$ 30 bilhões em crédito a taxas acessíveis, diferimento de tributos federais, ressarcimento ampliado pelo programa Reintegra e a possibilidade de compras governamentais de produtos afetados. Também inclui ações para preservar empregos e abrir novos mercados internacionais.

Leia a nota na íntegra: 

O setor produtivo, principalmente o pecuarista, está vendo com muita preocupação esse plano de ajuda emergencial de 30 bilhões de reais anunciado hoje pelo governo federal, ao setor exportador.

No nosso setor, o pecuarista já está pagando essa conta sozinho com a derrubada dos preços da arroba quase que imediatamente após o anúncio do tarifaço pelos Estados Unidos. O produtor já está perdendo quase 400 reais por animal abatido, independentemente do destino dessa carne.

Se há alguém ou setor que deva ser atendido, ressarcido ou ter qualquer tipo de compensação, é o pecuarista. Não há sentido algum dar incentivo a quem já se preveniu repassando seus prováveis futuros prejuízos ao produtor que sempre paga a conta. Desde o dia da publicação do tarifaço o setor produtivo vem perdendo cerca de 12 milhões de dólares ao dia com a queda dos preços da arroba. Numa época em que deveríamos estar recuperando nossos preços ocorre justamente o contrário.

Solicitamos ao governo federal que analise com cuidado antes de ajudar a quem não está pagando essa conta para não cometer mais uma vez injustiça seja ela fiscal, tributária ou moral.

Oswaldo Pereira Ribeiro Jr.

Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso

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