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LANÇAMENTO

Livro imagina evacuação de Cuiabá em 2070 após colapso ambiental

Obra do cuiabano Bruno Álvares projeta um Brasil fragmentado, marcado pela esterilidade do solo, migrações em massa e novas formas de desigualdade climática

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(Foto: Assessoria)

Um Brasil que deixou de existir, um solo que já não produz e uma população obrigada a migrar para sobreviver. É nesse cenário que se passa “Estéril”, novo livro do escritor cuiabano Bruno Álvares, que projeta o país em 2070, depois de uma tragédia ambiental que torna irreversível a infertilidade da terra e desencadeia o maior fluxo migratório da história.

Na narrativa, o Brasil se fragmenta em novos territórios, como a República de São Paulo e os Estados do Prata, que passam a receber refugiados ambientais vindos principalmente das antigas regiões Centro-Oeste e Norte. Eles são tratados como estrangeiros indesejados e acusados de ameaçar a sustentabilidade e o modo de vida das regiões que ainda conseguem produzir alimentos.

O enredo começa em 4 de julho de 2070, em uma Cuiabá prestes a ser evacuada. Pela determinação da República de São Paulo, todos os habitantes devem abandonar a cidade até 31 de dezembro. Nesse contexto, o protagonista, Daniel, enfrenta filas por vistos humanitários enquanto tenta garantir condições mínimas de sobrevivência para o pai, idoso com lesão na coluna. Em meio ao caos, acaba envolvido em uma conspiração que movimenta interesses econômicos de grupos que lucram com a tragédia climática.

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Bruno diz que a ideia da obra surgiu ao observar o aumento das temperaturas na capital mato-grossense. Ele conta que sempre se perguntou como seria o futuro da cidade caso o calor extremo e a degradação ambiental avançassem sem controle. A partir dessas inquietações, construiu um Mato Grosso onde a agricultura colapsou e seus habitantes se tornaram refugiados.

Para o autor, a ficção funciona como ferramenta para discutir problemas reais. Ele afirma que “Estéril” é menos uma distopia e mais um alerta sobre escolhas políticas e ambientais que ainda podem ser corrigidas.

A narrativa toca em temas contemporâneos como colapso climático, xenofobia, desigualdade de acesso à sobrevivência e o fortalecimento de discursos separatistas – todos filtrados pela ótica de uma sociedade que só oferece salvação a quem pode pagar.

Lançamento

“Estéril” será lançado nesta segunda-feira (17.11), às 19h, na Livraria Leitura (Shopping Estação, Piso L2), em Cuiabá. O evento terá bate-papo com o autor sobre ficção climática, refugiados ambientais e os impactos da degradação ecológica no país.

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