O agronegócio brasileiro cresceu 18% em setembro e faturou cerca de R$ 36,9 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O avanço ocorreu mesmo sob o impacto do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos do setor. No total, o país embarcou 15,78 milhões de toneladas, volume 17,8% maior do que o registrado no mesmo mês de 2024.
No acumulado de janeiro a setembro, o agronegócio brasileiro soma R$ 327,8 bilhões em exportações, crescimento de 2,1% frente ao mesmo período do ano passado. O setor responde por 23,1% de toda a receita obtida pelo Brasil com vendas internacionais.
A soja e o milho continuam sendo os motores do campo. As exportações de soja somaram 7,3 milhões de toneladas (+20,2%), com receita de R$ 17 bilhões, enquanto o milho garantiu R$ 8,4 bilhões, alta de 22,5%.

Fotos: Michel Alvim – SECOM MT
Drone: Robson Almeida – SECOM MT
Outros produtos que ajudaram a puxar o resultado positivo foram:
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Animais vivos (exceto pescados e crustáceos): R$ 902 milhões (+46,8%)
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Sementes de girassol, gergelim, canola e algodão: R$ 619 milhões (+48,1%)
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Especiarias: R$ 256 milhões (+43%)
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Erva-mate: R$ 74,7 milhões (+44,3%)
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Tabaco bruto: R$ 33 milhões (+91,5%)
Mesmo com as tarifas norte-americanas, o café manteve posição de destaque e foi o terceiro produto mais exportado pelo setor. As vendas renderam R$ 6,5 bilhões, alta de 11% sobre setembro de 2024. O volume, contudo, caiu 19,5%, para 195,8 mil toneladas, reflexo da menor oferta. A valorização do grão compensou: o preço médio da tonelada subiu 37,8%, chegando a R$ 33 mil.
Fonte: Pensar Agro