Após ser eleito com a promessa de acabar com a “máfia” dos radares, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), aditivou nesta terça-feira (25.03) o contrato com o Consórcio CMT – Cuiabá Monitoramento de Trânsito. A reportagem do PNB Online apurou que o aumento em itens do contrato, como radares e lombadas eletrônicas, será de R$ 1 milhão.
O consórcio é responsável pelo fornecimento de radares fixos, híbridos e de lombadas eletrônicas no município, além de outros equipamentos como câmeras e painéis de monitoramento. O consórcio, formado pelas empresas Perkons S.A. e Serget Mobilidade Viária, detém um contrato de R$ 31 milhões com a Prefeitura, que recebeu nesta terça o seu oitavo aditivo.
O aditivo assinado pela secretária de Mobilidade Urbana, Regivânia Alves Venâncio, aumenta o valor de 15 itens do contrato. O preço total mensal de todos os itens alterados, segundo o extrato do aditivo, saltou de R$ 1.144.551,82 para R$2.213.560,48. O aumento total foi de R$ 1.069.008,66.
O aditivo aumentou o valor da lombada eletrônica de R$ 158.371,49 para R$ 167.715,41 e o valor do radar fixo de R$ 269.137,07 para R$ 285.016,16. Além disso, também foi determinado aumento no radar híbrido de R$ 209.616,32 para R$ 221.983,69.
Segundo o extrato, o aditivo é decorrente do que consta no Processo Administrativo nº 006.568/2025, vinculado ao Contrato nº. 049/2023, oriundo do Pregão Eletrônico/SRP N°003/2022/PMC/ Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana, com respaldo no Parecer Jurídico nº. 0040/PLC/PGM/2025.
A reportagem tentou, mas não conseguiu acesso aos documentos citados.
Promessa de acabar com radares
Abilio passou parte de sua campanha criticando duramente os radares em Cuiabá. Em sua propaganda eleitoral, o então candidato chamou os radares de máquinas “caça-níquel”.
“Nós temos que acabar com essa máfia dos radares, temos que acabar com esse caça-níquel que são os radares em Cuiabá. Nós vamos fazer um planejamento na mobilidade urbana que funcione para o cidadão”, declarou Abilio em propaganda eleitoral veiculada no dia 25 de outubro. “Quer acabar com a máfia dos radares? Aperta 22 e confirma”, concluiu Brunini.
O que diz a Prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que não houve aditivo no contrato assinado e que a alteração resultou em economia aos cofres públicos.
Nota
A Secretaria de Mobilidade Urbana esclarece que não houve aditivo financeiro no contrato firmado com particular destinado à manutenção dos radares eletrônicos em Cuiabá.
O termo de apostilamento é um ato administrativo que registra uma alteração em um contrato sem modificar as suas bases. A publicação deste ato tornou-se necessária, na edição da Gazeta Municipal desta terça-feira (25), em razão de uma alteração no item 1.1 do contrato, que abrange link de comunicação, o que culminou, na verdade, numa economia de R$ 130 mil aos cofres públicos.
