O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, anunciou o remanejamento de todos os serviços prestados no Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá para o Hospital Central – no período em que estiver em funcionamento. A fala foi feita na segunda-feira (14.04), durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), e provocou reações de deputados estaduais, que se mobilizam para buscar alternativas para a manutenção dos serviços na Santa Casa.
“A Santa Casa não pode fechar. A Santa Casa tem que continuar funcionando porque ela é muito importante para a saúde pública do Estado de Mato Grosso. Não é um problema só do governador, mas é um problema da sociedade. E a Santa Casa presta um serviço relevante para a sociedade”, defendeu o deputado estadual Carlos Avallone.
“A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá é a unidade de saúde mais antiga do Centro-Oeste, construída pelo capitão-general português João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg entre 1815 e 1817. À época, esse militar foi designado pela Coroa Portuguesa para atuar em Mato Grosso, com importantes contribuições na área da saúde. Atualmente, a instituição filantrópica é mantida com recursos do governo do estado desde 2019, por meio de uma requisição administrativa, além de apoio das esferas municipal e federal, e de doações da iniciativa privada”, explicou Wilson Santos.
O deputado alertou as autoridades da Assembleia Legislativa, Câmara e Prefeitura Municipal de Cuiabá a buscarem alternativas para que as portas da Santa Casa não sejam fechadas. “O estado não dará continuidade à gestão da unidade. É fundamental que as autoridades da Assembleia Legislativa, Câmara Municipal e Prefeitura de Cuiabá se antecipem ao problema, para não dizerem depois que foram pegas de surpresa. A Santa Casa já foi considerada um dos maiores hospitais da América Latina e, hoje, oferece serviços de média e alta complexidade pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, destacou.
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