
O pesquisador e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Pedro Pinto de Oliveira apresenta, nesta quinta-feira (20), a conferência principal do V Colóquio Internacional da VisualModi – Associação Internacional para Pesquisa em Métodos Visuais e Multimodais, realizado de 19 a 21 de novembro na Universidade de La Laguna, em Tenerife, na Espanha.
Na conferência “Comunicação Multimodal: a experiência do ensaio audiovisual científico”, o professor vai expor resultados de pesquisas desenvolvidas no Grupo Multimundos, da UFMT, que investigam novas linguagens para comunicação acadêmica e formas alternativas de apresentação de pesquisas.
“Fico feliz por este reconhecimento internacional das pesquisas que desenvolvemos no Grupo Multimundos da UFMT sobre as novas linguagens para acolher os conteúdos da ciência. Na minha conferência, abordarei formulações teóricas e práticas dos nossos trabalhos sobre a nova forma de escritura a partir da comunicação multimodal: o ensaio audiovisual científico. É uma nova forma de comunicação acadêmica para apresentar os resultados de uma pesquisa aos pares e para a democratização do conhecimento”, afirma Pedro, que é líder do Multimundos ao lado do professor Dielcio Moreira.
O colóquio reúne pesquisadores de diversos países interessados em explorar métodos visuais e multimodais de pesquisa e comunicação científica. Nesta edição, o evento discute o tema “Visual Methods and Artificial Intelligence: the challenges of Surveillance Capitalism”, que aborda desafios contemporâneos e futuros na relação entre visualidade, tecnologias digitais e pesquisa social. A programação inclui debates organizados pelos cinco grupos de trabalho da associação, que tratam de inovação tecnológica, métodos participativos, epistemologia da visualidade, estudos urbanos e práticas expositivas.
O interesse crescente por abordagens audiovisuais na ciência também ganhou destaque no relatório divulgado em julho pela Força-Tarefa de Comunicação Multimodal da IAMCR (International Association for Media and Communication Research). O documento, apresentado durante o congresso da instituição em Cingapura, reconhece a contribuição de pesquisadores brasileiros, entre eles Pedro Pinto e Benedito Diélcio Moreira, para consolidar o ensaio audiovisual científico como formato acadêmico emergente.
“Numa época em que o vídeo se tornou o meio mais popular de transmissão de informações, os estudiosos da mídia e da comunicação se basearam na longa tradição da crítica videográfica nos estudos de cinema. Adotando o formato do ensaio em vídeo, eles buscaram democratizar a produção e a circulação do conhecimento, alcançando o público em uma série de questões centrais para os estudos de mídia e comunicação dentro e além da academia. Um grupo de estudiosos brasileiros, por exemplo, recentemente liderou esforços para estabelecer o ensaio em vídeo como um formato acadêmico que entrelaça arte e ciência, permitindo o diálogo entre campos científicos e disciplinas”, afirma o relatório da IAMCR.























