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BIOCOMBUSTÍVEL

Produção de etanol cresce 17% em MT e deve superar SP em dez anos

Estado lidera expansão do setor e projeta se tornar o maior produtor do país até 2034; infraestrutura e mão de obra ainda são desafios.

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Indústria de etanol de milho, ALD Bioenergia, localizada no município de Nova Marilândia (251 km de Cuiabá) (Foto: Safira Campos / PNB Online)

Mato Grosso registrou um crescimento de 17,09% na produção de etanol na safra 2024/2025 e se consolidou como o segundo maior produtor do país, atrás apenas de São Paulo. Com uma produção de 6,7 bilhões de litros, frente aos 5,72 bilhões do ciclo anterior, o estado projeta ultrapassar São Paulo e assumir a liderança nacional nos próximos dez anos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (05) pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), pelas Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso e pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), durante coletiva de imprensa realizada na sede da Fiemt, em Cuiabá. Segundo os organizadores, as informações são fruto de um censo contínuo feito com todas as indústrias do setor no estado.

Enquanto Mato Grosso teve o maior crescimento proporcional entre os principais produtores, São Paulo registrou queda de 1,79% na produção: de 13,89 bilhões para 13,64 bilhões de litros. A tendência é de estagnação paulista, ao passo que Mato Grosso ganha força com investimentos em novas usinas e expansão da oferta de milho para produção do biocombustível.

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“Este ano chegamos a um número recorde. Nos consolidamos como segundo maior produtor nacional. A previsão é crescer mais 6,5% na próxima safra e alcançar 7 bilhões de litros”, afirmou Silvio Rangel, presidente da Fiemt e do Sindicato das Indústrias de Bioenergia (Bioind).

Segundo Rangel, duas novas unidades de produção devem entrar em operação ainda este ano, e outras duas estão em construção com previsão de funcionamento em 2025. “Temos mais projetos sendo estudados. O crescimento do setor vem junto com a expansão agrícola do estado”, explicou.

A projeção de que Mato Grosso possa liderar o ranking nacional até 2034 é baseada em análises estatísticas de longo prazo feitas pelo Imea. “São Paulo enfrenta limitações de expansão territorial. Se Mato Grosso mantiver o ritmo, a liderança é possível”, disse o superintendente do instituto, Cleiton Gauer.

A projeção do Imea aponta que, mantidas as condições atuais de investimento e expansão agrícola, Mato Grosso pode atingir a marca de 10 bilhões de litros por safra até o fim da próxima década.

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Dados da produção de etanol de milho e cana-de-açúcar de Mato Grosso foram divulgados nesta segunda-feira (05.05) na Fiemt (Foto: Safira Campos / PNB Online)

Desafios do setor

Apesar do otimismo, o avanço do setor traz desafios. O principal deles é a logística. Com o aumento da produção, cresce também a necessidade de escoar o etanol para outros estados e para exportação. Rangel defendeu a criação de um etanolduto ligando Mato Grosso aos grandes centros consumidores, como São Paulo e Rio de Janeiro, o que também facilitaria a exportação para mercados como Europa e Japão.

Outro ponto crítico é a falta de mão de obra. “Temos população pequena frente ao desenvolvimento do setor. Precisamos atrair pessoas e formar profissionais para garantir o avanço da cadeia produtiva”, afirmou Gauer.

Além da geração de emprego estimada em mais de 10 mil postos diretos e cerca de 30 mil indiretos, o setor contribui com arrecadação de impostos e investimentos em infraestrutura. Conforme o Rangel, a última safra resultou em cerca de R$2.5 bilhões em tributos para Mato Grosso.

 

 

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