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CRISE NA SAÚDE

SES terá que devolver dinheiro ao Governo Federal por não fazer cirurgias, diz secretária

Hospital Regional de Sinop pode não cumprir metas do PNRF em 2025 devido ao bloqueio de leitos e carência de pessoal.

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A secretária Executiva Adjunta de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), Kelluby Soares, admitiu em audiência com o Ministério Público Federal (MPF) na última quinta-feira (13.08) que o Estado poderá ter que devolver recursos federais por não conseguir cumprir as metas do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF).

O motivo é a grave falta de profissionais de saúde, especialmente enfermeiros e técnicos de enfermagem, que levou ao bloqueio de 22 leitos no Hospital Regional de Sinop e ameaça a execução do programa. A fala está em documento obtido com exclusividade pela reportagem do PNB Online.

Em reportagem recente, o PNB Online mostrou que o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, teria ignorado quatro pedidos de socorro da gestão do Hospital Regional de Sinop. A reportagem também mostrou o alarmante déficit na unidade de saúde.

Falta de pessoal paralisa leitos

Durante a audiência extrajudicial realizada na última terça, Kelluby reconheceu que a SES/MT enfrenta dificuldades para garantir o funcionamento pleno dos hospitais regionais.

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No caso de Sinop, o diretor do hospital, Jean Carlos Alencar da Silva, explicou que a unidade está com 22 leitos fechados há quatro meses por falta de recursos humanos, o que impacta diretamente na capacidade de realizar cirurgias eletivas e atendimentos especializados. Segundo ele, o hospital está remanejando equipes para evitar a interrupção total dos serviços, mas isso não é suficiente.

Jean culpou os municípios da região por problemas no Hospital Regional. Segundo ele, a unidade de saúde não é “porta aberta”, mas acaba recebendo demandas de urgência que, segundo o diretor, deveriam ser resolvidas pela rede municipal.

O diretor citou que o hospital recebe muita demanda de acidentes da região de Sinop, que deveriam ser atendidos na rede municipal (serviços de urgência e emergência) e que isso impacta no atingimento das metas das cirurgias.

Devolução de recursos federais

O PNRF repassa verbas aos estados para reduzir filas de cirurgias e exames, mas, segundo a SES/MT, o bloqueio de leitos em Sinop pode inviabilizar o cumprimento das metas em 2025. Kelluby de Oliveira admitiu que, caso a situação não seja revertida, o estado terá que devolver o dinheiro ao Governo Federal.

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O MPF cobrou um plano de ação emergencial da SES/MT, que deve ser apresentado até 21 de agosto. A Procuradora da República Denise Slhessarenko também demonstrou que pode ser discutido a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir a contratação de profissionais e a reabertura dos leitos.

Além de Sinop, os hospitais regionais de Sorriso e Colíder também enfrentam problemas similares. Em Sorriso, são 20 leitos bloqueados (incluindo 1 de UTI Neo), com previsão de reabertura em 45 dias após a posse de novos concursados. Em Colíder, 7 leitos fechados por falta de pessoal e obras, com prazo mínimo de 60 dias para normalização.

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