Um trio elétrico utilizado por manifestantes que protestavam contra a PEC da Blindagem – projeto que permite evitar processos contra políticos acusados de cometer crimes – foi apedrejado na manhã deste domingo (21) na região do Centro Político Adminsitrativo (CPA), em Cuiabá.
A manifestação foi convocada por partidos de esquerda, que também pautaram a indignação de parte da população com o projeto de anistia aos vândalos golpistas do 8 de Janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conta da tentativa de golpe em 2022.
De acordo com manifestantes ouvidos pela reportagem do PNB Online, pessoas não identificadas jogaram pedras contra o trio elétrico, o que danificou o para-brisas do veículo.
Além do ato de vandalismo, alguns motoristas de caminhonetes avançaram contra os manifestantes em uma tentativa de intimidação. Uma destas tentativas de avançar sobre o protesto ocorreu por volta das 9h40 no cruzamento da Avenida Brasil, no CPA.
“Houveram alguns contratempos, como carros avançando contra manifestantes, e tinha crianças e idosos no protesto”, afirmou uma manifestante ouvida pela reportagem.
A Polícia Militar chegou a ser acionada para evitar ataques contra os manifestantes. Segundo informações recebidas pela reportagem de quem estava presente no protesto, os manifestantes não responderam às intimidações e o ato ocorreu ao longo da manhã de maneira pacífica. A manifestação acabou por volta das 10h da manhã.
Pec da Blindagem
A proposta de proteger políticos acusados de corrupção foi aprovada por maioria de políticos de direita. A bancada de Mato Grosso votou em peso a favor da proposta. Votaram a favor: Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL), Rodrigo da Zaeli (PL), Coronel Assis (PL) e Gisela Simona (União).
Apenas os deputados Emanuelzinho (MDB) e Juarez Costa (MDB) votaram contra a proposta, que foi aprovada na Câmara dos Deputados por 344 votos favoráveis e 133 contrários.
Os políticos que votaram a favor da proposta afirmaram, em suas redes sociais, que a medida é uma tentativa de proteger os parlamentares contra “abusos” do STF.