
O novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta semana, aponta para uma tendência de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Cuiabá, impulsionada principalmente pela circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). A análise é referente à Semana Epidemiológica 17, que abrange o período de 20 a 26 de abril.
De acordo com o levantamento, o estado registra nível de risco para SRAG nas últimas duas semanas e apresenta tendência de estabilidade no número de casos nas seis semanas mais recentes. Já Cuiabá está entre as 18 capitais brasileiras classificadas com nível de alerta, risco ou alto risco e que registram sinal de crescimento a longo prazo.
Entre as capitais com pior cenário, além de Cuiabá, estão cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus e Brasília. A análise da Fiocruz considera tanto o município de residência quanto o de notificação dos casos, e indica que a alta está relacionada, principalmente, a infecções em crianças pequenas.
No mapa que avalia a tendência de longo prazo, Mato Grosso aparece na categoria de probabilidade de crescimento superior a 75%, conforme a Fiocruz. Nacionalmente, a prevalência entre os casos positivos de infecção foi de 21,8% para influenza A; 0,9% para influenza B; 57% para VSR; 20,3% para rinovírus; e 3,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 46,4% para influenza A; 2,4% para influenza B; 14,7% para VSR; 12,8% para rinovírus; e 20,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19). No ano epidemiológico 2025, já foram notificados 45.228 casos de SRAG em todo o Brasil, sendo 19.420 (42,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 18.640 (41,2%) negativos; e ao menos 4.262 (9,4%) estão aguardando resultado laboratorial.