O Boletim Risco de Incêndio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou dados sobre a situação em Mato Grosso, apontando que 2036 focos de calor foram identificados nesta quinta-feira (16.11). Os municípios mais afetados estão localizados na região do Pantanal, no Centro-Sul do estado, com destaque para Poconé, Barão de Melgaço e Cáceres.
Em Poconé, o número de focos alcançou a marca de 1498, seguido por Barão de Melgaço, com 361, e Cáceres, com 73. Miranda aparece como o segundo município mais afetado, registrando 570 focos.
O modelo computacional desenvolvido pela UFMG também alerta para um elevado risco de espalhamento de incêndio em Paranatinga, na Mesorregião Norte do estado, onde 588 km² estão em situação crítica.
O sistema de análise leva em consideração três componentes fundamentais para a estimativa de incêndios: risco climático, ignição e espalhamento. As condições climáticas atuais, embora não favoreçam significativamente a ocorrência de incêndios, não descartam a possibilidade, especialmente se houver interferência humana. O número de focos de calor está significativamente acima da média histórica, exigindo vigilância constante da população.
O risco climático avalia a umidade do ar, os dias sem chuva e a temperatura, indicando que dias mais quentes e secos, em períodos prolongados sem chuvas, aumentam a propensão a incêndios.
Os focos de calor, detectados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), são pontos de temperatura acima de 47°C. Embora nem todos se transformem em incêndios, são indicadores cruciais para a monitorização. A população é alertada para qualquer sinal de princípio de incêndio, mesmo que o modelo não identifique áreas expressivas em risco iminente.