Sete em cada dez domicílios com beneficiários do Bolsa Família em Mato Grosso não têm esgotamento sanitário ligado à rede geral ou a fossas conectadas à rede. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada nesta quinta-feira (08.05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, apenas 30,7% dos domicílios que recebem o benefício tinham esgoto tratado. Sem estrutura adequada, os dejetos podem ser despejados diretamente em rios, valas, a céu aberto ou em fossas rudimentares, o que representa risco ambiental e à saúde pública.
No país, 18,7% dos domicílios particulares permanentes tinham ao menos um morador beneficiado pelo Bolsa Família. Em Mato Grosso, essa proporção é menor: 13,7%. Segundo o Governo Federal, mais de 244,7 mil famílias foram contempladas com o programa em abril deste ano nos 141 municípios do estado.
O Bolsa Família alcança públicos prioritários no estado, como 2.146 famílias em situação de rua, 11.427 famílias indígenas, 1.644 famílias quilombolas, 163 com crianças em situação de trabalho infantil, 726 com pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão e 2.536 famílias de catadores de material reciclável.
A capital mato-grossense reúne o maior número de beneficiários no estado. No último mês, Cuiabá teve 41.068 famílias atendidas pelo programa. Na sequência dos cinco municípios com maior número de famílias atendidas em Mato Grosso estão Várzea Grande (26.119), Rondonópolis (12.498), Cáceres (8.715), Barra do Garças (6.211) e Sinop (5.264).
Rendimento da população
A PNAD-C também mostra que o rendimento médio mensal por pessoa nos domicílios mato-grossenses varia bastante conforme o recebimento ou não do benefício. Em 2024, a média foi de R$ 968 entre os que recebiam o Bolsa Família, contra R$ 2.522 nos que não recebiam.
