No episódio desta quarta-feira (19.03), o podcast “Arte, Cinema e Luz Natural” traz o diálogo entre a iluminadora e pesquisadora Priscila Freitas, estudante do programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (PPGECCO) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e Danielle Bertolini, diretora, roteirista, produtora e curadora audiovisual.
Danielle é a criadora do Festival de Cinema Feminino Tudo Sobre Mulheres e de documentários como Águas Encantadas do Pantanal, Filhos da Lua na Terra do Sol, Mulheres Xavante, Coletoras de Semente e Escutando e Vendo, finalizado em 2021.
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No episódio, Danielle compartilha suas experiências e reflexões sobre os desafios de se fazer cinema, destacando a instabilidade da profissão. “É uma profissão instável, ainda mais no Brasil, onde temos altos e baixos na política cultural de investimento. Então, é o que eu chamaria de uma profissão que precisa de amor, coragem, muito estudo, ver muitos filmes e ter consciência de que a gente nunca está pronto, está sempre num processo evolutivo. Cada filme é um reflexo disso”, afirma.
Danielle também relembra suas primeiras experiências no cinema, destacando as dificuldades que enfrentou como mulher em um meio ainda dominado por homens. “Meu primeiro documentário, Águas Encantadas do Pantanal, foi realizado em 2000, quando eu ainda era estudante de graduação. Já percebi a dificuldade desde aquele momento, porque é um meio dominado por homens, onde eles ocupam as posições de poder, principalmente na direção. Muitas vezes, as mulheres estão na produção, trabalhando para que os homens, vistos como gênios criativos, possam realizar suas ideias”, relata.
Assista a entrevista completa:
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