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ARTIGO

O alcoolismo ataca seres humanos de forma indiscriminada

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Meu nome é Anália, eu sou uma mulher alcoólica, em recuperação. Durante muitos anos o álcool me venceu. Ele comandava meus passos, minhas escolhas, minha vida. Por fora eu sorria, às vezes… mas, por dentro… havia uma dor na alma, um vazio que parecia não ter fim.

Eu bebia para tentar calar esse vazio, mas ele só crescia. O álcool tomou-me tudo. Os bens materiais, minha paz, meus sonhos… e quase me tirou a vida. Cheguei ao fundo do poço sem saber como sair. Sentia-me sozinha, perdida, sem qualquer valor.

Foi então que conheci o programa de Alcoólicos Anônimos. Eu estava quebrada, mas ali encontrei acolhimento, escuta, esperança. Pela primeira vez percebi que eu não estava sozinha. Naquelas salas ouvi histórias parecidas com a minha, e entendi que havia uma saída – e que ela começava por mim.

Com o tempo fui reconstruindo a minha vida, um dia de cada vez. Estou sóbria há 23 anos. O álcool, que sempre me venceu, hoje é quem perde porque eu escolho viver.

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Meu alcoolismo foi progressivo. Começou com uma bebida para relaxar, para me soltar em festas, virou um hábito diário, e depois uma obsessão. Eu bebia escondido, mentia, afastava-me das outras pessoas. A vergonha era enorme – e, como mulher, ela parecia ainda mais pesada. Eu não me reconhecia mais.

O alcoolismo em mulheres tem crescido cada vez mais, e é uma doença cruel. Somos julgadas, silenciadas, estigmatizadas. Muitas de nós bebemos sozinhas por medo de sermos vistas, temendo o rótulo. Mas o alcoolismo não escolhe gênero. É uma doença e precisa ser tratada como tal.

Anália é nome fictício em respeito à tradição do Anonimato

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