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ARTIGO

A desinformação do melhor salário

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Matérias na mídia local dando conta do salário da PMMT como sendo um dos mais altos dentre as polícias, mais atrapalham do que ajudam a esclarecer um problema. Atrapalha porque um dado precisa ser analisado em seu contexto. O mais importante deles é o seguinte: algumas polícias recebem acréscimos no valor base que é divulgado enquanto salário, o dito “soldo”, que é apenas o piso para vários outros auxílios. Ao passo que na PMMT o salário é parcela única, sem acréscimos, a modo de “subsídio”.

Isto por si só derruba nosso subsídio dentre as demais pms sensivelmente. Outro aspecto é o contexto da economia local e seu poder de compra. É radicalmente diferente receber um determinado valor em MT e em João Pessoa, por exemplo. Os valores não são absolutos.

Seriam, se, o contexto fosse respeitado. Em nosso caso, o contexto com a PJC. Nossa coirmã. Instituição cujo trabalho está ligado ao da PM. Instituições siamesas no combate ao crime. Neste caso, sim, a comparação é legítima. Pois embora sendo civis a PJC possui a integralidade e a paridade na aposentadoria sem falar que, mesmo sem um código penal militar sobre o ombro, atualmente ainda têm um menor tempo de contribuição; visto a última reforma da previdência que surrou militares como verdadeiros vilões da República.

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Nesse diapasão de comparação aí sim merecemos urgente isonomia. A diferença é brutal. E não há argumento possível que valide essa diferença de tratamento: ambas são carreiras jurídicas pois têm o mesmo pré-requisito de ingresso.

Comparar assim nosso salário nesse contexto artificial em que várias pms divulgam “salários errados”, ou seja, sem acréscimos é, dessa forma, no mínimo, um grande equívoco, ou, o que não quero crer: má-fé.

Por que diminuir uma luta cujo vencedor principal é o cidadão, ao ter um profissional motivado e dignamente remunerado? A quem interessa queimar essa luta?

A lógica empresarial não é a lógica do serviço público. Igualar desiguais é absurdo. Ninguém dispõe a vida à morte, como um policial, nas empresas. Temos uma carreira que atravessa governos e não pode, ao longo do tempo, ser diminuída em vista de favoritismos.

Isonomia é o que se busca. Tratamento igualitário é o que se busca. Valorização do policial é o que se busca .

Coronel Alexandre Mendes é ex-comandante-geral da PMMT

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coronel Mendes
Foto: Christiano Antonucci/ Secom-MT

* A opinião do articulista não reflete necessariamente a opinião do PNB Online

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